carlos franco


Em Carlos Franco aparece um maneirismo de gestos, referências e cor, no qual o ornamental e o cru convivem ou é proposto um diálogo radical do figurativo com o abstrato. Somados esses elementos, o que se encontra nos quadros do artista é uma inconfundível presença da expressão, marcada por cores fortes.
A preocupação do artista em unir sentimento estilo, no que chama de mestiçagem interior ou mesticismo é, na verdade, uma completa desenvoltura, um luxuoso desnudar da pintura no qual não faltam o tratamento lírico da mitologia, a sensualidade, o desejo do outro e a busca pelo prazer. 
No início dos anos setenta, em 1971, o jovem Carlos Franco (Madrid, 1951) começa a expor as suas pinturas individualmente, concretamente na Sala Doncel em Pamplona. No ano seguinte, iniciou uma contínua presença Madrid, para o qual contribuiu a influente Galeria Amadis. Nos anos setenta, dava-se assim início a um novo período de arte espanhola.